O desafio de transformar o teatro de magia em negócio lucrativo no Brasil
O "cancelamento" da versão brasileira de "Harry Potter e a Criança Amaldiçoada" escancarou um velho feitiço do mercado cultural: a dificuldade de transformar o teatro em um negócio lucrativo e sustentável no Brasil.
A peça é uma continuação oficial da saga do bruxo, acompanhando Harry já adulto e o filho dele, Alvo Potter. O espetáculo estreou em Londres em 2016 e se tornou um sucesso global de bilheteria, com montagens em cidades como Nova York, Melbourne e Hamburgo.
No Brasil, uma versão local vinha sendo planejada havia quase uma década pela VME —fundada e comandada por Vinicius Munhoz—, que chegou a abrir audições, escalar atores, firmar contratos e investir na pré-produção. Mas, no fim de março, a magia se desfez —e o projeto não foi para frente.
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Em comunicado divulgado à época, a produtora afirmou que mesmo com "avançadas negociações com patrocinadores e diversas sinalizações positivas", a operação "não se tornou viável".
Em entrevista exclusiva à coluna, Munhoz resume o impasse: "É um projeto ambicioso, que custa muito caro, com investimento de alguns milhões de reais em dois dígitos. A conta, entre todos as partes interessadas, não fechou. O risco financeiro foi todo meu."
Ele faz questão de destacar que o projeto foi adiado, e não cancelado —a decisão foi tomada em conjunto com a equipe internacional, diante da inviabilidade de seguir com o cronograma.
O produtor também destaca que não usaria a Lei Rouanet: o teto de R$ 1,5 milhão permitido para montagens teatrais "não representa nem 1% do custo de um espetáculo desse porte".
Foi um solavanco que nos prejudicou bastante, mas não nos derrubou fatalmente. Vinicius Munhoz, CEO da VME
Mais do que um revés individual, o episódio ilustra um ponto estrutural: o teatro brasileiro vive um movimento de modernização —com novas empresas,........





















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