À mercê do pânico de envelhecer em uma cultura velhofóbica
Antropóloga e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, é autora de "A Invenção de uma Bela Velhice"
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Todos os dias, quando faço exercícios na Academia da Terceira Idade na pracinha perto da minha casa, anoto ideias para as minhas colunas na Folha.
No dia 1º de janeiro, quando fazia os exercícios, meu marido sugeriu que eu escrevesse uma coluna sobre o pânico que as mulheres brasileiras têm de envelhecer.
"Você ficou mergulhada mais de três anos na sua pesquisa de pós-doutorado sobre envelhecimento, autonomia e felicidade. As mulheres sofrem demais, inclusive você, com o pânico de envelhecer. Você sempre diz que é preciso descobrir os caminhos para construir uma bela velhice, mas não consegue enxergar esses caminhos na sua própria vida".
Eu já estava pensando em escrever sobre o pânico feminino de envelhecer, mas queria articular melhor algumas ideias que considero relevantes, como a diferença de significado das categorias "autonomia", "liberdade", "independência" e "à mercê".
As mulheres mais jovens que entrevistei, especialmente na faixa entre os 30 e 40 anos, falaram muito de falta de liberdade. Já as mulheres de mais de 60 anos, falaram mais de falta de autonomia.........
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