Os novos trumpistas vieram de baixo
Fosse outro o adversário de Kamala Harris, o resultado das eleições americanas não teria causado surpresa nem comoção. Afinal, o desfecho da disputa seguiu o padrão verificado em outros países nos quais a derrota dos incumbentes —ou dos candidatos por eles indicados— vai se tornando regra. Nos Estados Unidos, pesava contra a democrata a avaliação negativa do presidente Biden, o mau humor generalizado com a economia e o pessimismo da maioria com a sua própria situação: receita conhecida para uma vitória oposicionista.
Só que o vencedor foi Donald Trump, um homem sem qualidades, ameaça à democracia e, pior, aos princípios básicos da convivência civilizada. Assim, a extensão dos efeitos negativos de seu regresso à Casa Branca —bem como as razões de seu êxito— têm produzido uma enxurrada de análises no Brasil e pelo mundo afora.
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A segunda vitória de Trump derruba também muitos dos conceitos com os quais analistas políticos têm procurado entender os percalços das democracias contemporâneas sob a contestação dos populismos. Esse o tema da excelente coluna do professor Marcus André........© UOL
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