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'Flow' usa o esdrúxulo e a coragem para fazer um filme intenso e emocional

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"Flow" é um espetáculo em muitos sentidos. É pura fábula, repleto de imagens oníricas que nos levam para os lugares mais fantasiosos e criativos da mente. É também uma história que, ainda que protagonizada por animais, é muito próxima de temas reais e humanos, como a sobrevivência e a capacidade de conviver e trabalhar em equipe.

É um espetáculo técnico, pois ainda que trate de questões muito contemporâneas, traz imagens que remetem à aquarela e ao impressionismo. Sem nunca ser neurótico em relação ao hiper-realismo que toma conta das grandes produções de animação hoje, parece um livro infantil de colorir por várias vezes, mas Gints e sua equipe fazem arte mesmo (e talvez por isso mesmo) ao optar por usar um software gratuito de animação, o Blender. Para terminar, ainda por cima, é protagonizado por um gato cinza, quase preto, um cachorro, um lêmure, um pássaro imenso (o serpentário) e uma capivara.

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A combinação dos elementos e personagens de "Flow" é tão improvável que, na teoria, o projeto encabeçado pelo diretor Gints Zilbalodis poderia ter fracassado. Mas o sucesso veio justamente dessa combinação esdrúxula e corajosa de animação artesanal e autoral com a técnica modesta, mas também sofisticada, com um roteiro muito bem construído, mas terminado de fato no processo já de animação, além de uma turma de protagonistas que não têm, a priori, nada a ver um com o outro.

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