Crise de 2008 e tarifaço de 2025: lições da história
A tarifa de 50% que se anuncia sobre as exportações brasileiras para os Estados Unidos coloca em risco a liquidez financeira de milhares de empresas exportadoras brasileiras de diversos setores da economia. O financiamento à exportação é um instrumento fundamental para garantir a liquidez destas empresas que empregam direta e indiretamente milhões de brasileiros. A boa situação do balanço de pagamentos do Brasil, notadamente, o elevado nível de reservas, dá suporte à tempestiva construção de boas estratégias para preservar as empresas exportadoras e seus empregos.
Os chamados Adiantamentos de Contratos de Câmbio (ACC) permitem antecipar receitas de vendas externas, garantindo às empresas exportadoras capital de giro para sustentar seus processos produtivos e compromissos que estão para vencer.
Na crise financeira de 2008, a maior desde 1929, o Banco Central atuou para ampliar a oferta de crédito aos exportadores brasileiros através deste canal. As instituições financeiras brasileiras tiveram acesso a um maior volume de dólares no mercado interbancário, a partir de leilões de reservas internacionais promovidos pelo Banco Central do Brasil com direito de recompra.
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O Banco Central usa esse mecanismo para guarnecer o sistema financeiro. Para ter claro, o exportador firma um contrato de câmbio com o banco, a uma taxa (R$/US$) predeterminada, comprometendo-se a exportar bens no valor equivalente ao valor financiado e a saldar a dívida no prazo máximo de 180 dias a partir da entrada dos recursos oriundos das exportações.
O papel da autoridade monetária, por sua vez, não é o de emprestar diretamente às empresas, mas sim neste caso específico de oferecer maior liquidez às instituições........
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