Governador do Colorado destoa de outros democratas e se empolga com antivacina
É um grande incômodo quando os políticos têm de ir lá e complicar sua narrativa sobre por que estão tendo sucesso.
Conversei com Jared Polis, governador democrata do Colorado, nos EUA. Enquanto outros estados como Nova York, Nova Jersey, Massachusetts, Califórnia e Illinois registraram quedas significativas na votação democrata em relação a 2020, o Colorado se destacou, com uma diferença de apenas 2,5 pontos. O que Polis, reeleito em 2022 com uma margem de 19 pontos, está fazendo certo?
Uma resposta —e essa, para ser honesto, era a que eu estava procurando— é focar incansavelmente no custo de vida.
"Você não pode simplesmente fazer uma política e esperar que, de alguma forma, as pessoas saibam disso", Polis me disse. "Mas eles geralmente entendem o ritmo de 30, 40 coisas que você está fazendo, cada uma das quais reduz custos de uma maneira diferente. E essa tem sido nossa estratégia: reduzir custos."
Mas durante nossa conversa, e nos dias que se seguiram, surgiu outra resposta —e para os democratas esta é um pouco mais desafiadora. Polis é um dissidente das tendências que varreram a governança democrata durante a pandemia.
Ele era incomum entre os governadores democratas pela ênfase que dava à responsabilidade e à liberdade pessoal. O Colorado reabriu cedo, desencadeando um boom turístico, e o governador tentou confiar mais em informações do que na compulsão.
"Eu certamente acredito em vacinas. Eu mesmo me vacino. Fiz isso publicamente contra a gripe e a Covid. Mas se você não consegue convencer as pessoas com os dados, então elas têm a liberdade pessoal de não fazê-lo. ‘Nossos corpos, nossa escolha’ se aplica não apenas aos fetos, mas também às decisões sobre cuidados de saúde, seja para se vacinar ou para quais alimentos você consome."
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