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Quando o voto vira dogma: as consequências de instrumentalizar a fé

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Economista pela UFPE e especialista em gestão pública no Insper. Estudou economia comportamental na Warwick University (Reino Unido) e é associada do Livres

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Dados recentes da Atlas Intel para a CNN Brasil revelam que apenas 18% dos brasileiros confiam nas igrejas evangélicas atualmente, enquanto 73% não depositam crédito nelas. Esse declínio na confiança não é fruto do acaso; reflete diretamente as ações e omissões das lideranças e membros dessas igrejas, que frequentemente transformaram a fé em instrumento de poder e prosperidade material, em detrimento dos valores centrais do Evangelho.

Desde 2018, o CNT/MDA já apontava uma retração na credibilidade da Igreja —abrangendo tanto católicos quanto protestantes. Naquele ano, 40,1% dos entrevistados a consideravam a instituição mais confiável do país. Esse número caiu para 34,3% em 2019 e estacionou em 25,8% em 2020, evidenciando uma tendência negativa clara e persistente.

Em muitas congregações, o púlpito, que deveria ser um espaço de acolhimento e orientação espiritual, tornou-se extensão do

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