Seres de luz
"Carol Anne, venha para a luz! Venha para a ‘luuuz’, Carol Anne!" Não, "peraí", pausa nesse "Poltergeist" de filme de terror. Que raio de luz é essa que cismam de deixar acesa quando a vida está se apagando? É branca? Daquelas que amam ter em casa porque "clareiam melhor" e "deixam o ambiente mais calmo"? Já fiquei nervosa.
Seja o que for que nos aguarde do outro lado da existência doméstica, carrego comigo uma fé inabalável: sala de estar com cara de necrotério é pecado. Sendo assim, também não acredito em luz de teto, com sua "acachapância" brutal que dedura nódoas no sofá e falhas no reboco, além de avivar olheiras das visitas e delatar calvícies que sonhavam passar despercebidas.
Feito mariposa atraída por fachos de LED, sempre rondei becos sombrios da cidade e da internet em busca de abajures ou qualquer outra ideia tão luminosa quanto indireta. Mal sabia eu que o caminho rumo à iluminação espiritual passaria pela fulgurante, mas até então obscura para mim, Zezé Lustres.
Já na entrada do centenário sobrado,........
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