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Destravando o crescimento da construção habitacional

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04.08.2024

A escassez de recursos constrange o crescimento do setor imobiliário, algo que surge com recorrência como preocupação dos agentes públicos e de mercado.

O financiamento habitacional no Brasil cresceu cinco vezes após o Plano Real. Saiu de cerca de 2% do PIB para algo próximo a 10% do PIB, no período recente. Além do crescimento sustentado após a estabilização monetária, concorreram para esse avanço reformas microeconômicas e o aumento da segurança jurídica para investidores no setor. A alienação fiduciária trouxe a garantia real do imóvel no financiamento; e o patrimônio de afetação segregou riscos entre os empreendimentos e incorporadores.

O espaço para crescimento é imenso. Nos EUA e no Reino Unido, o financiamento imobiliário responde por mais de 50% do PIB. No Chile, são 30%! Esse é um veículo fundamental de geração de valor, de cobertura do déficit habitacional e de diversificação de ativos reais provedores de rendimentos em complementação às rendas do mercado de trabalho e da aposentadoria.

Em grande medida, o financiamento imobiliário no Brasil vem de fontes direcionadas e remuneradas abaixo do mercado, como a poupança e o FGTS. Mas isso está mudando. Os CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários), as LCIs (Letras de Crédito Imobiliário), os FIIs (Fundos de Investimento Imobiliários) e as LIGs (Letras Imobiliárias Garantidas) vêm atraindo investidores para novos produtos, com remunerações referenciadas a mercado. No total do financiamento imobiliário, as fontes sub-remuneradas respondem por 60% (poupança, 34%, e FGTS, 26%), ao passo que as fontes de mercado vêm crescendo e já respondem por 40% do........

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