Num primeiro olhar, poderíamos ver em Alice Weidel um símbolo de avanço, uma demonstração de que mesmo partidos de extrema-direita já não podem ignorar completamente a diversidade. No entanto, esta leitura é superficial e perigosa. Weidel não representa uma mudança ideológica na extrema-direita; pelo contrário, simboliza a sua adaptação estratégica.

Ao eleger uma líder mulher, lésbica e casada com uma imigrante, a AfD reforça uma imagem de modernidade que desafia estereótipos tradicionais da extrema-direita, enquanto mantém intactas as suas políticas ultraconservadoras. O objectivo é claro: atrair novos eleitores e enfraquecer a resistência da opinião pública, dando ao partido um rosto que dificulte acusações de homofobia ou xenofobia.

Mas o que motiva alguém como Weidel a ocupar esta posição? Parte da resposta pode estar na sua trajectória pessoal. Formada em economia,........

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