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Fugas, um eterno estado de espírito

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No Outono de 1999 estava ao serviço do Diário Económico (DE), então dirigido pela sensatez sábia do Paulo Ferreira e da Luísa Bessa e pelo brilho enérgico e inteligente do Sérgio Figueiredo, quando uma chamada telefónica me pôs em sobressalto. Era o José Manuel Fernandes, o director do PÚBLICO, a dizer-me que, um ano depois de eu ter saído do jornal, estava na hora de regressar a casa. Para me convencer (e justificar a cobertura do salário que auferia no Diário Económico), tinha um projecto estratégico que teria de desenvolver desde o zero: um suplemento dedicado ao lazer, às viagens, a tudo o que nos pudesse afastar das rotinas pesadas do quotidiano.

Eu sabia que por detrás daquela manobra estava o mestre maior do PÚBLICO no Porto, o José Queirós. Como sabia que, se ele me falasse, só me restava a rendição incondicional — apesar do prazer profissional que a descoberta do DE de Sérgio Figueiredo me estava a proporcionar. O que não sabia muito bem eram as razões pelas quais tinha sido escolhido para aquela tarefa. Um suplemento de viagens, carros, vinhos, comidas, de boa vida, afinal, só se conjugava com os meus interesses no capítulo dos vinhos, que já nessa altura me fascinavam. Tudo o resto era uma incógnita.

É então que fico a saber que a empreitada seria partilhada com o

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