menu_open Columnists
We use cookies to provide some features and experiences in QOSHE

More information  .  Close

A difícil arte de sair do interior para apanhar um avião

11 1
21.05.2025

Um dos motivos que parecem explicar a adoração por partidos extremistas nas zonas mais interiores, reside no facto de as populações se sentirem abandonadas. Quando assistíamos ao debate sobre a localização de um novo aeroporto, foi dececionante ver cair as propostas de Coimbra ou Santarém como localização para um terceiro espaço de transportes aéreos. Portugal é efetivamente um país pequeno, mas não tão pequeno para quem vive em zonas onde não há transportes públicos e os acessos rodoviários e ferroviários, não são os melhores. É minha intenção, nesta crónica provar o que afirmo de prólogo.

Catarina, 25 anos, é lojista em Vila Nova de Foz Côa e, numa hora morta, enquanto espreitava o telemóvel, deparou-se com o anúncio de saldos numa companhia aérea low cost. Como já tinha férias marcadas, começou a ver os horários possíveis. O primeiro voo sai às 6h da manhã. Era o ideal. Mas está a três horas de distância do Porto, no........

© PÚBLICO