Por qué no te callas, Pedro Nuno Santos?
É muito difícil ser secretário-geral do PS depois de o partido ter perdido as eleições, ao fim de oito anos no poder.
As dificuldades do secretário-geral – e são múltiplas – não justificam a espécie de “lei da rolha” que está a tentar impor aos dirigentes do seu partido que são comentadores nas televisões ou dão entrevistas à comunicação social.
As mensagens deste fim-de-semana, nos discursos dos congressos federativos em que participou, a invectivar socialistas a descer do seu “pedestal” (os comentários televisivos), a pedir um PS “a intervir a uma só voz”, a avisar os seus antigos colegas (Pedro Nuno Santos também foi comentador, ainda que brevemente) que "não são comentadores como os outros", não são aceitáveis num partido como o PS. Vindas de um homem como Pedro Nuno Santos que, durante toda a sua carreira política, nunca se inibiu de criticar publicamente a estratégia do seu partido quando não concordava, é uma contradição total.
A menos que Pedro Nuno tenha aderido àquela teoria de que a liberdade de expressão e a "coragem" para afrontar as direcções........
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