Triagem telefónica por enfermeiros na emergência médica
Em Portugal o correto acionamento do sistema integrado de emergência médica (SIEM) faz-se através do n.º europeu de emergência, o 112, o qual está atualmente integrado nos 4 centros operacionais 112 do país (CO 112), localizados no Porto (1), Lisboa (1), Madeira (1) e Açores (1) respetivamente, da responsabilidade do Ministério da Administração Interna e sob gestão da PSP. Todas as chamadas com espectro de emergência médica e/ou aparente necessidade de socorro são posteriormente reencaminhadas para os CODU do INEM ou para as centrais de emergência da Proteção Civil nas regiões autónomas da Madeira (RAM) e Açores (RAA).
Em 2012 o INEM numa perspetiva de padronizar a receção das chamadas provenientes do 112, desenvolveu um sistema de triagem próprio, o TETRICOSY® – Telephonic Triage and Counseling System, um sistema em diagrama de chave dicotómica, cujo atendimento, triagem e acionamento de meios ficou à inteira responsabilidade de técnicos de emergência pré-hospitalar (TEPH) e que até à data não possui nem validação científica, nem o envolvimento direto de enfermeiros ou médicos na fase de atendimento, triagem e/ou aconselhamento telefónico das chamadas de emergência médica. Paralelamente, a realidade nacional conta com o SNS24 para onde são remetidas as chamadas consideradas não urgentes, aqui atendidas por enfermeiros. Portanto, a realidade de Portugal Continental nas últimas décadas pautou-se por este paradoxo: chamadas de emergência médica no espectro das situações de risco de vida até às ocorrências urgentes atendidas, triadas e geridas por técnicos e apenas as não urgentes remetidas para os enfermeiros situados no SNS 24.
Em 2012, na RAA, iniciou-se o processo de integração de enfermeiros no atendimento, triagem e gestão das ocorrências de emergência médica, através da Linha de Emergência........
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