As Incontornáveis Dinâmicas Demográficas
A natalidade está, há décadas, em declínio por todo o mundo, convergindo para valores inferiores ao rácio necessário para manter a população estável. Os países mais pobres, sobretudo no continente africano, continuam a reproduzir-se a taxas mais elevadas, mas situam-se na mesma trajectória descendente.
Tudo sugere que estaremos perante uma tendência universal, à volta da qual se registam diferenças de grau, mas não de sentido, tal como parecem confirmar as projecções da ONU até ao fim do século.
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Uma das consequências desta tendência tem sido a diminuição crescente do número absoluto de crianças. Focando no grupo até aos 5 anos, aquilo a que se assiste, também como tendência universal – de que se exceptuam, mais uma vez, os países mais pobres –, é que o número de crianças nesse escalão etário há muito que está em diminuição (sobretudo nos países mais afluentes). Por curiosidade, em Portugal, o pico destas crianças foi atingido em 1965, mas em vários países europeus tal aconteceu mais cedo, incluindo na década precedente.
Estas tendências aparentam até reflectir um processo de ajustamento da Natureza à insustentabilidade do crescimento exponencial da população que se verifica desde o século XVIII.
De facto, as projecções demográficas da ONU apontam para a estabilização, ou mesmo regressão, da população mundial durante este século. O que, podendo ser uma boa notícia em termos de sustentabilidade da Natureza, acarreta problemas incontornáveis para o futuro das sociedades.
Outra tendência universal........
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