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Quem sussurra os destinos da Europa?

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13.07.2025

Entre julgamentos mediáticos, guerras que já nem nos tiram o sono, tarifas a caminho e eleições que parecem reality shows, algo importante começa hoje no coração da Europa, e curiosamente quase ninguém reparou. A Dinamarca assume, a partir de 1 de julho, a presidência rotativa do Conselho da União Europeia. E não, não estou a falar de um cargo simbólico para encher calendário institucional. Estou a falar de poder real. Discreto, mas real.

Eu sei que até pode não parecer, mas é aqui que se lançam os dados de boa parte do futuro da Europa. Porque enquanto andamos entretidos com o barulho à superfície, há decisões que se tomam longe dos holofotes, em salas sem público, em agendas que raramente chegam às notícias. E é nessas salas que se negoceiam as regras que definem se a Europa avança, estagna ou anda aos solavancos.

Costumo dizer que quem manda mesmo na Europa não são os rostos que aparecem nas campanhas, mas os que organizam as pastas, os que gerem os calendários, os que escolhem quais as pastas que andam ou........

© Observador