Portugal e a última década digital
No final de março, a Comissão Europeia publicou o Programa de Trabalho 2025–2027 do Programa Europa Digital — o último grande pacote de investimento do atual ciclo financeiro europeu para apoiar a transformação digital dos Estados-membros. Estão em jogo mais de 3 mil milhões de euros para inteligência artificial, cibersegurança, interoperabilidade, dados e serviços públicos digitais. O documento é claro, tem metas definidas e financiamento disponível. Não é um exercício académico. É agora. E está a acontecer.
Foi essa publicação, a 28 de março, que me levou a escrever este artigo. Não para a resumir ou replicar comunicados oficiais, mas porque, depois de a ler as suas 209 páginas, senti o impulso de deixar um aviso. Um aviso de quem acompanha estas agendas há anos e vê — com alguma frustração — que continuamos a chegar tarde demais, a fazer demasiado pouco, ou a complicar o que podia ser simples. Portugal não se pode dar ao luxo de falhar mais uma vez. Já desperdiçámos oportunidades demais. E desta vez, o custo pode ser maior do que estamos preparados para admitir.
Sabemos inovar. Já o mostrámos. A YDreams* criava experiências imersivas quando ainda se escrevia em Flash. A Primavera........
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