Giorgia Meloni já lidera a Europa.
Desde a saída de cena de figuras como Angela Merkel ou Mario Draghi, sinto a Europa órfã. Não uma orfandade qualquer, mas a ausência profunda e desesperante de políticos com dimensão, daqueles que comandam respeito, que se sentam à mesa com gigantes mundiais sem complexos nem subserviência. Julgo que se tornou evidente que a União Europeia perdeu rumo, e pior ainda, perdeu voz.
Ursula von der Leyen é, para mim, o exemplo acabado de falta de critério e coerência. Entre polémicas como a opacidade nos contratos com a Pfizer ou a incapacidade de definir prioridades estruturais, parece mais gestora de danos do que líder visionária. E isso, para quem lidera a Comissão Europeia, é grave.
António Costa, reconheço, é uma exceção num deserto de mediocridade política. É hábil, sabe jogar o jogo com mestria, tem carisma e instinto de sobrevivência. Mas, e........
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