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O Homem Elefante

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20.01.2025

Eu estaria no sétimo, oitavo ano quando deu “O Homem Elefante” na televisão. No dia seguinte o filme era lembrado com entusiasmo pelos rapazes na escola, assumindo até que nos tínhamos comovido — uma admissão pouco típica entre adolescentes que gostam de se mostrar mais rijos do que são. Isto terá sido em 1989, 1990. Com cerca de 13 anos tinha visto o filme que mais me impressionara.

No décimo segundo tive três colegas que me deram a volta à cabeça (tenho de escrever só sobre elas num texto à parte) e que, em tanto que me influenciaram, me puseram a ver filmes com mais atenção — a Patrícia, a Filipa e a Rita. A Filipa destacava-se nessa paixão por cinema e costumava adaptar a canção do genérico do Chuva de Estrelas, vinda dos ABBA, para “vivo para o cinema/filmes que vejo/a alegria e o encanto…” Elas guiaram-me num mundo de filmes que desconhecia, muito além do entretenimento.

Quando entrei para Ciências da Comunicação na Nova, em 1995, passei pela área de especialização em jornalismo mas entediou-me a alegada objectividade que os jornalistas devem ter. Mudei para cinema e aí, um pouco menos inculto em matérias fílmicas graças às minhas três amigas do 12º, constatei que o realizador do filme que mais........

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