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Pinta a aldeia: o professor no futuro da educação

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14.05.2025

Em 1947, António José Saraiva diagnosticava que a escola dava em troca “essa coisa dispersa e acéfala que é a aula coletiva, onde os alunos estão ligados pela solidariedade do tédio”. Passados 78 anos, o tédio continua a ser o mais corrosivo dos ácidos em educação e muitos dos nossos alunos reconhecem-se nesta descrição de sala de aula, vivendo suspensos num “…deixar correr o tempo [até ao toque] porque tanto faz o dia de amanhã como o de hoje”.

Este diagnóstico arrasador do ensino cravou-se em mim desde o meu estágio, em 2001, e foi motivação, quer, na época, para a escrita de um artigo com o título “Não quero dar aulas, quero ser professora!”, quer para o compromisso figadal de me desafiar, diariamente, para que o meu espaço de aprendizagem, pedindo emprestadas as palavras a António Guerreiro, seja um “lugar de uma experiência única, insubstituível e capaz, às vezes, de proporcionar uma experiência eufórica”.

No trilho deste compromisso, tenho presente o 5.º artigo do Estatuto da Carreira Docente, que concede, ao professor, o direito a participar na definição das orientações pedagógicas, o direito à autonomia técnica e científica e à liberdade de escolha dos métodos de ensino, das tecnologias e técnicas de educação e dos tipos de meios........

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