Não há homens a cair - só cadeiras que se esvaziam
A sucessiva queda de governos em Portugal deixou de ser exceção. Tornou-se prática comum. É um facto jurídico anómalo — mas com que já convivemos com naturalidade. Os ciclos quebram-se, os executivos ruem, os primeiros-ministros não chegam a sê-lo por inteiro. E, estranhamente, ninguém parece verdadeiramente alarmado.
A recente queda do Governo de Luís Montenegro é apenas mais uma confirmação dessa nova norma: lideranças frágeis, suportadas por alianças frágeis, movidas por motivações frágeis.........
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