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A Iniciativa Liberal que eu quero  

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08.06.2025

A Iniciativa Liberal que eu quero não é um partido. É uma provocação. Um distúrbio benéfico. Uma perturbação metódica no entorpecido pântano da política portuguesa. É um ultraje planeado ao conformismo partidário, mas também uma declaração de amor à república e ao mérito. Não é um clube de jovens economistas com gráficos em punho nem um ajuntamento de empreendedores de LinkedIn. É, ou deveria ser, um novo humanismo para o século XXI, que tenha a coragem de dizer que liberdade sem solidariedade é cinismo, e solidariedade sem liberdade é servilismo.

A Iniciativa Liberal que eu quero nasce do desconforto e da exigência moral de reformular a própria ideia de Estado. Não para o abolir, como sonham alguns adolescentes randianos que confundem Hayek com Harry Potter, mas para o domesticar. O monstro deve ser redesenhado, não destruído. Precisa de propósito, de contornos éticos e de um mandato social que não seja a vã glória de uma tecnocracia inodora. O Estado que defendo é um Estado-minimalista nas mãos e maximalista no cérebro: atua onde é insubstituível, mas com um espírito de responsabilidade orçamental que não seja apenas........

© Observador