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Não haverá outro igual

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11.06.2025

Quando Cristiano Ronaldo se despediu do Real Madrid, o jornal desportivo Marca colocou todas as vítimas (de golos) do jogador português, acompanhada seguinte manchete: “Não haverá outro igual”. As primeiras páginas dos jornais impressos de dia 16 de março de 2026 — primeiro dia de Marcelo Rebelo de Sousa fora da Presidência da República — até podem não ter espaço para todas as vítimas (políticas) do chefe de Estado, mas serão certamente rigorosas se dele escreverem: “Não haverá outro igual”. É que não haverá mesmo.

Marcelo é irrepetível e inimitável. Além disso, há dúvidas que alguém um dia o tente ou queira imitar. Não se imagina que um candidato venha dizer — agora ou mesmo daqui a 10 anos — que quer ter uma presidência “à Marcelo”. O que pode parecer estranho sendo o ainda Presidente um dos políticos mais populares da história da democracia portuguesa.

É fácil apontar falhas a um elitista-mundano, com padrões de outros tempos, como Marcelo. Seja porque dá mergulhos em tronco-nu, porque rouba batatas-fritas de pratos alheios, porque comenta o decote de uma jovem, porque agarra pelo pescoço uma ativista ou porque sugere a uma senhora com aparente peso a mais que pode partir uma cadeira de plátisco. A sua maneira de ser, sem a formalidade exigida a um chefe de Estado, sempre serviu para o menorizar.

Do ponto de vista político,........

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