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Trump e o F-47: que estratégia de exportação?

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03.04.2025

A recente declaração do presidente Trump sobre a venda de caças a aliados com capacidades reduzidas (“redux”) levanta uma série de questões preocupantes sobre a confiança dos parceiros internacionais nos EUA como fornecedor de defesa. A comercialização de versões com capacidades reduzidas não é, contudo, uma novidade absoluta: Em 1970, o MiG-23MS tinha sido concebido apenas para o mercado externo para ser menos capaz que as versões soviéticas. O regresso assumido e proclamado de Trump a esta opção “redux” de aparelhos de combate que representam para quem os adquire um pesado investimento (apenas em aquisição as variantes do F-35 custam entre €70,1 a €92,7 milhões). Qual será então a lógica de investir num F-47 (em que “47” é uma homenagem a Trump, o 47º presidente dos EUA) que será ainda mais dispendioso e num compromisso que durará entre uma ou até mesmo duas décadas? (Em Portugal os F-16 estão em uso desde 1994.)

A proclamação de que o F-47 será exportado numa versão “redux” é, ademais, um autêntico tiro nos pés, para a capacidade de exportação do aparelho: ou a redução de capacidades do aparelho reduz extraordinariamente o custo do aparelho ou este será o pior........

© Observador