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Transparência e Regulação no Mercado Imobiliário

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18.02.2025

Algo estranho se passa no mercado imobiliário em Lisboa. Se visitar os principais portais de oferta e procurar apartamentos por valores abaixo dos 130/140 mil euros encontrará uma quantidade razoável em oferta de compra (entre 40 e 50). Contudo, se fizer contactos para os melhores e excluindo o “lixo” (não há outra palavra para descrever algumas propostas) ficamos com um número entre os 10 e 20 que estão dentro do valor e que não apartamentos com 10 ou 12 m2 (sim: há casas com menos de 15 m2 à venda por mais de 130 mil euros). Dirão: bem, entre 10 a 20 casas há-de aparecer algo que seja interessante. Talvez. O certo é que (tentem vocês próprios) se fizerem esses pedidos de contacto terão entre uma a duas respostas. Sim, menos de dez por cento de respostas por parte dos agentes e agências imobiliárias que se deram ao trabalho de ir ao local, tirar fotografias, escrever descrições e fazer a angariação.

Se analisarmos as respostas (a tal média de 1 em 10) vemos que apenas respondem os casos mais absurdos: casas que aparecem listadas em sites diferentes, com fotografias diferentes: casas com fotografias com mais de dez anos ou fotografias criadas por computador; casas vendidas como “apartamentos” mas que, de facto, são lojas, “casas” de 19 m2 com kitchenette num canto e uma sanita com chuveiro no outro ou até lojas funcionando num r/c ou ainda T1 em caves sem uma única janela que custam mais de 135 mil euros. Todos estes casos são reais. Se descontarmos........

© Observador