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Portugal e a substituição dos F-16

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12.03.2025

Espero que Portugal tenha espinha dorsal e cancele qualquer plano ou projecto de aquisição de aparelhos F-35 Lightning II aos EUA. Nunca foi boa ideia – para um país da nossa escala industrial e restrições financeiras – ficar dependente de um dos aparelhos mais caros de sempre, com um custo de aquisição de 75.5 milhões de € por unidade (na versão básica), um custo de voo por hora de 30.3 mil € e que, somando toda a vida útil do aparelho, pode ficar à volta dos quase mil milhões de € por unidade (em 2024, o orçamento de Defesa de Portugal foi de 2.850,1 milhões de euros). Por comparação: Manter um F-35 custa quatro vezes mais do que adquirir e manter um F-16. Isto significa que se substituíssemos os actuais 28 F-16 o país teria que assumir uma quadruplicação dos custos, o que levaria a cortes inevitáveis noutras áreas da Defesa Nacional ou, pior, a que sucedesse o mesmo que actualmente sucede com os MBT Leopard 2: apenas um quarto está em uso, estando os restante em armazém (precisamente devido aos custos operacionais e em manutenção).

Por comparação, se em vez de migrar directamente para um dos caças mais caros de sempre, Portugal, numa solução de transição para um aparelho mais avançado, a longo prazo, adoptasse aparelhos Dassault Rafale, iria assumir custos de aquisição três vezes inferiores ao do F-35 e seis vezes inferiores ao da opção norte-americana.

É certo que o F-35A Lightning II tem tecnologias mais avançadas que o Rafale, designadamente capacidades furtivas e sistemas de sensores de última geração, mas para países como Portugal, que precisam de começar a substituir as suas envelhecidas frotas de F-16, o Rafale pode representar uma alternativa mais económica, mantendo um elevado nível de capacidade operacional durante mais de dez anos, pelo menos.

A decisão de substituir os actuais F-16AM/BM MLU (Mid-Life Upgrade) adquiridos em........

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