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O vento sopra liberal

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14.05.2025

Ao longo das últimas três décadas, embora sem filiação partidária, dediquei-me de alma e coração à divulgação das ideias liberais no espaço público português. O meu interesse nasce ainda na adolescência, nas leituras a que fui acedendo, mas é no blogue “Blasfémias” e depois no “O Insurgente” que encontrei as plataformas privilegiadas para aprofundar e debater as diferentes vertentes do liberalismo, sempre numa perspetiva cívica e, por vezes, ludicamente provocatória, junto daqueles que partilhavam o mesmo interesse intelectual.

Em Portugal, país historica e culturalmente dominado pelo pensamento socialista, assumir-se como liberal implicou, durante muitos anos, enfrentar incompreensão ou até mesmo antagonismo moral. Frequentemente, os liberais – ainda hoje – são classificados de “radicais” ou considerados, injustamente, menos sensíveis aos problemas sociais. Não deixa de ser irónico que as correntes ideológicas socialistas, que procuram transformar a sociedade à procura de um “homem novo” e que, como dizia Rand, mudam a morfologia e a semântica da palavra “liberdade” para a esvaziar do seu sentido mais profundo – o do arbítrio pessoal – tenham dominado de tal forma a narrativa política que quem defenda coisas básicas como o primado da pessoa sobre o Estado, a........

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