Aumentar a adesão à terapêutica: desafio urgente
Se tivesse uma doença e soubesse que existe um tratamento eficaz para tratá-la, faria sentido ignorá-lo? A resposta parece evidente: não. No entanto, essa é a realidade de milhões de pessoas em todo o mundo que, consciente ou inconscientemente, não seguem as recomendações médicas no que diz respeito ao tratamento. O fenómeno tem nome: não-adesão à terapêutica.
A princípio, a lógica parece simples: se há uma doença e um tratamento disponível, a tendência natural seria segui-lo. Mas os números contam uma história diferente. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam um quadro alarmante: cerca de 50% das pessoas com doenças crónicas não aderem aos tratamentos prescritos. Por cá, os dados de um inquérito feito aos portugueses mostra que 41,2% falham na medicação para doenças crónicas. O resultado? Um aumento significativo de complicações, uma qualidade de vida deficiente e, em casos extremos, até a morte.
Ou seja, quase metade das pessoas opta, consciente ou inconscientemente, por não seguir as recomendações médicas que poderiam melhorar a sua qualidade de vida ou até salvá-la, um paradoxo que desafia a nossa compreensão e nos coloca perante um problema que é urgente resolver.
Um exemplo emblemático é........
© Observador
