A culpa não é da democracia, mas de quem a defende
Na audiência de confirmação do nomeado para a posição governamental de Diretor do Gabinete de Gestão e Orçamento (Office of Management and Budget, OMB, no original) parte da administração presidencial, o então candidato Russell Vought, de infame reputação de ser um dos autores do Project 2025, quando confrontado com a possibilidade de Trump não respeitar as leis incluídas no Ato de Apropriamento (Impoundment Act, no original) respondeu, “O Presidente e eu achamos que essa lei é inconstitucional”.
Além do simples facto que tal opinião não tem nenhum valor legal, ou é suportada por qualquer precedente judicial, ter um candidato a diretor do gabinete que irá gerir os fundos determinados e aprovados pelo Congresso achar que o presidente tem a descrição de aplicar, ou não, tais fundos, cria, só por si, uma crise constitucional. Porém, causa também o esvaziamento do poder do Congresso e dos seus legisladores, aquele que é um dos três ramos de governação dos Estados Unidos da América. Vought sinalizava assim aos Senadores que os compromissos e negociações que estabeleçam, as decisões que tomem para a governação do país, não valem o papel onde serão escritas, passando esse poder para a Casa Branca, que é o ramo Executivo. Apesar disso, todos os Senadores Republicanos votaram para aceitar a nomeação do candidato, confirmando-o assim para o lugar.
Vamos ignorar por um........
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