11 meses a andar para trás. Agora é parar desastre
Se há coisa que os últimos tempos nos ensinaram, é que brincar à política tem custos. E caros. A instabilidade em que o país mergulhou depois da queda do Governo do PS não foi uma surpresa — foi, antes, um aviso: sem o Partido Socialista a liderar com responsabilidade, o país entra em modo “experiência social”. E, convenhamos, Portugal não é laboratório.
É evidente que o PS no Governo também não fez tudo bem — seria absurdo fingir o contrário. Ficaram coisas por fazer, houve decisões que poderiam ter sido diferentes. Mas nunca nos esqueçamos de uma coisa essencial: foi com o PS que atravessámos duas das maiores crises da nossa história democrática — a pandemia e a crise inflacionista. Teria sido uma desgraça se esses momentos tivessem acontecido com um Governo impreparado. E agora, como sempre, novos desafios vão surgindo. O país não pode parar — nem continuar a andar para trás, como tem acontecido nestes últimos 11 meses.
A Direita, essa, lá vai tentando parecer governo. Montenegro continua a ser o primeiro-ministro do “quase”: quase líder, quase preparado, quase credível. Mas a verdade é que quem anda quase a governar, acaba por quase destruir. Basta ver a trapalhada em que já estamos: promessas por cumprir, medidas anunciadas e desmentidas em tempo recorde, e uma sensação........
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