A Faculdade de Medicina da Universidade do Porto celebra este ano o seu bicentenário. Mais do que um número redondo, é sobretudo uma data notável, porque evoca a persistência de uma instituição que soube manter-se fiel à sua missão fundamental: formar médicos com saber, com rigor, com espírito crítico e com consciência humana. E é ainda mais notável por ser, de facto, mais antiga do que a própria Universidade do Porto. Foi precursora do ensino universitário no Norte do país, criada em 1825 como Escola Médico-Cirúrgica, um mês antes da Universidade onde viria a ser incluída, numa época em que o conhecimento médico se afirmava como uma das bases do progresso científico e social.

Desde então, por esta escola passaram algumas das figuras mais marcantes da medicina portuguesa. Professores e clínicos que deixaram não apenas obra científica e técnica, mas também um legado ético e pedagógico. Os corredores da faculdade guardam não só a memória institucional, mas uma tradição de exigência, de excelência e de compromisso com o país. É, por isso, natural que o ensino da Medicina na Universidade do Porto seja hoje reconhecido numa posição cimeira entre as escolas médicas portuguesas nos principais rankings internacionais. Mas mais do que os lugares nos quadros estatísticos, importa o que representam: o reconhecimento........

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