menu_open Columnists
We use cookies to provide some features and experiences in QOSHE

More information  .  Close

A reforma do Estado.O exemplo esquecido de 2005...

11 1
23.06.2025

A reforma do Estado tem sido, há décadas, uma promessa recorrente nos programas de governo em Portugal. No entanto, são raros os momentos em que essa ambição se traduziu em medidas concretas, coordenadas e com impacto real na organização da Administração Pública. Um desses momentos ocorreu em 2005, durante o primeiro governo de José Sócrates, quando se tentou lançar as bases de uma modernização estrutural do Estado português. Com um impulso reformista visível no Ministério dos Negócios Estrangeiros, na estrutura consular, na revisão das leis orgânicas e na luta contra a burocracia, esse período foi marcado por avanços significativos, ainda que limitados na sua abrangência. Entre os conselheiros próximos do Primeiro-Ministro esteve uma figura com larga experiência governativa e visão estratégica, que desempenhou um papel decisivo na orientação de algumas dessas reformas. Recuperar esse momento é essencial para compreender os desafios e resistências que continuam a marcar qualquer tentativa séria de transformar o funcionamento do Estado em Portugal.
Diogo Freitas do Amaral trouxe para o Governo de José Sócrates, em 2005, a sabedoria adquirida nos anteriores governos e décadas de vida pública. O seu papel como Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros foi mais amplo do que a pasta indicava: foi conselheiro........

© Observador