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Uma lição sobre independência dos bancos centrais

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01.07.2025

Não têm faltado no país e no mundo assuntos capazes de ocupar a nossa atenção e espaço mediático, mas há um que nos tem escapado e que é exemplar: a guerra pública que Donald Trump tem feito a Jerome Powell, o presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos.

As críticas do presidente norte-americano ao banqueiro central não são novas, mas subiram de tom nas últimas semanas. De “idiota” a “estúpido” ou “pessoa que não é esperta”, de “pior presidente da Reserva Federal de sempre” a “pessoa que mais tem prejudicado a economia americana”, Trump não se cansa de estragar publicamente Powell com mimos. Sempre naquele seu estilo cordato, de pessoa educada e que respeita as instituições e a separação de poderes.

A última ideia genial do inquilino da Casa Branca surgiu na sexta-feira: vai nomear já o sucessor de Jerome Powell. Só há um pequeno problema. O mandato do actual presidente da FED só termina daqui a 11 meses. Portanto, o seu putativo sucessor funcionará como “banqueiro central sombra” até lá. Único e nunca visto.

É evidente qual é o objectivo de Trump. Como legalmente não pode demitir o presidente da FED – regra promotora da independência da instituição........

© Observador