Revitalizar a ferrovia em Vila Real
Em setembro do ano passado, tornei públicas as minhas queixas em relação ao Plano Nacional Ferroviário, pelo qual muito poucos colherão os benefícios de um investimento centralizado na construção de novos trilhos e na aquisição de novos comboios. Vamos ser francos com os outros e conosco próprios, o transporte ferroviário em Portugal nunca foi rentável. Os românticos do regime anterior exaltam os sucessos financeiros alcançados por Salazar e Caetano, coniventemente deslembrarem que a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses, o único operador a nível nacional, era uma empresa subsidiada inteiramente pelo Estado antes de 1974, um monopólio que dominava o mercado, cujos vícios continuam presentes era democrática.
Para citar o Projeto do IV Plano de Fomento Vol. 1, página 498: “A situação do transporte ferroviário e da empresa concessionária é preocupante, em resultado de persistentes dificuldades de adaptação às transformações estruturais do mercado dos transportes. Estes factos têm contribuído para manter grave a situação financeira da empresa, com progressivo aumento dos seus encargos financeiros. Assim, subsídios reembolsáveis pouco mais cobrem do que os encargos desse tipo, pelo que o Estado se tem visto na necessidade de conceder outros subsídios especificamente destinados à cobertura dos deficits anteriores.”
Em 2025, isto mantém-se inalterado. Quais........
© Observador
