Queremos sol na fotovoltaica e chuva na barragem?
O sector da energia é dos mais complexos de entender, tanto tecnológica como economicamente. Como se dá o caso de produzir um bem fundamental para as nossas vidas, que não podemos de todo descartar, temos um campo ideal para que nasçam uma série de mal entendidos, mistificações e muita demagogia.
O apagão da semana passada e a discussão que se lhe seguiu mostraram isso mesmo.
Os pontos de chegada são a necessidade vital de termos um fornecimento de electricidade adequado e sem falhas e a garantia da nossa segurança energética, com os quais ninguém discordará. Podemos adicionar a estes consensos a obrigação – pelo menos moral – de produzirmos a chamada energia limpa, ou seja, que não deixe um lastro de impacto ambiental com as consequências nefastas que conhecemos.
Este pode ser o enunciado básico de uma política pública para o sector. Se procurarmos nos programas eleitorais em vigor, decerto vamos encontrar por lá estes objetivos antecedidos dos verbos da praxe “garantir”, “promover”,........
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