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A ilusão das promessas e a realidade das contas

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14.04.2025

Estamos num daqueles períodos da nossa vida democrática em que a generalidade dos problemas tem solução e em que as perspectivas são risonhas para quase todos: uma campanha eleitoral.

Das propostas que habitualmente constam dos programas eleitorais sabemos, à partida, que as podemos dividir logo em dois grandes grupos: aquelas cujo cumprimento depende apenas da assinatura de um decreto ou da aprovação de uma lei; e aquelas que estão dependentes de planeamento, uma sucessão de actos administrativos e legislativos, processos longos, políticas públicas pensadas e uma necessária execução no terreno.

Por experiência, sabemos também que as primeiras terão grande probabilidade de ser executadas. Trata-se, na maior parte das vezes, de aumentos de prestações sociais ou alívios fiscais para grupos de cidadãos precisos que apenas dependem da capacidade orçamental do país.

Com as segundas é mais complicado. Num Estado que tem cada vez menor capacidade de planeamento e de execução, as boas vontades eleitorais para desatar os nós da Saúde, promover maior........

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