Adam Smith Connor ou a criminalização da oração
No tempo da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), contava-se uma anedota que punha a nu a hipocrisia do regime. Um cidadão russo era abordado, na rua, por um agente do KGB, que lhe perguntava:
– O que pensa do nosso líder?
À cautela, o inquirido respondia:
– O mesmo que o camarada.
A que o agente da polícia política replicava, de imediato:
– Então está preso!
Assim é o clima de suspeição próprio do comunismo, bem como do nazismo e demais regimes totalitários: na URSS não havia lugar para a liberdade de pensamento e expressão, como também a não há na China, em Cuba, na Coreia do Norte, etc. Também na velha Europa, não obstante as formais declarações de defesa dos direitos humanos e de respeito pelas liberdades fundamentais, não está, de facto, garantida a liberdade de pensamento e de expressão. Que o diga Adam Smith Connor.
Não conhece Adam Smith Connor?! É um cidadão britânico de 51 anos, fisioterapeuta, que combateu no Afeganistão e que foi condenado, a 16 de Outubro de 2024, pelo Tribunal de Bournemonth, Dorset, em Inglaterra, ao pagamento de uma pesada multa de 9 mil libras, aproximadamente 10. 900 euros, por rezar, durante três minutos, a 50 metros de uma clínica onde se praticam abortos! Este caso foi denunciado pela Alliance Defending Freedom (ADF), uma organização não governamental que defende a liberdade de pensamento e de expressão.
Segundo uma normativa municipal, está proibida nas imediações da referida clínica qualquer “expressão de aprovação ou desaprovação do........© Observador
