A campanha eleitoral permanente
Recomeça a «guerra do Orçamento», como li já não sei bem onde, por entre notificações e demais lixo electrónico. O dr. Montenegro reunirá com o dr. Pedro Nuno e o país, em já avançado estado de ansiedade, não consegue mais suster a respiração pelo respectivo resultado, e permanece, suspenso, aguardando pelo momento final em que possa, por fim, bocejar. Resolvido o problema dos incêndios, voltemos, pois, agora ao problema do Orçamento, que se resolverá da mesma forma: com o passar do tempo, até ao ressurgimento do mesmíssimo problema, tempos depois.
É, de resto, notável a rapidez com que os temas desaparecem do chamado espaço público. O caso dos incêndios só é mais interessante do que todos os outros porque é um dos que mais comove as massas e mais mobiliza o jornalismo, e porque tem o dom de desaparecer do debate mais depressa do que o tempo que ocupa o incêndio propriamente dito.
Ontem, Henrique Pereira dos Santos publicava aqui, no Observador, um texto alertando para o que provavelmente acontecerá daqui a meia dúzia de anos se........
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