Luís Montenegro ganhou, Pedro Nuno Santos desapareceu e André Ventura está mais forte do que nunca. A esquerda praticamente não existe. A bolha político-mediática foi julgada e também levou um inequívoco cartão amarelo na noite eleitoral. Haverá tempo para olhar as causas estruturais de tudo isto, mas há uma lição que deveria ser retirada por todos: se nada mudar, dificilmente haverá estabilidade para que o país se liberte destes mini-ciclos paralisantes. Todos devem saber estar à altura das responsabilidades.

A começar por Luís Montenegro. O líder do PSD tem de perceber que os quase dois milhões de votos que lhe foram confiados não são um convite para que tudo fique na mesma. Os eleitores não lhe deram esse mandato. Deram, aliás, um sinal muito claro: o de que há um partido, à direita, que só espera mais um erro, mais um passo em falso, mais um ciclo sem soluções, para ameaçar e conquistar o poder. O centro-direita tem (se tudo correr com um mínimo de racionalidade) quatro anos para provar que sabe estar à altura da responsabilidade. Sem desculpas,........

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