As dores de crescimento de Ventura
Um dirigente acusado de prostituição de menores. Um deputado regional apanhado a conduzir sob o efeito de álcool. Um deputado que foi apanhado a roubar malas no aeroporto. Outro dirigente condenado por violência doméstica. Um conselheiro do partido acusado de ameaçar com uma faca um adversário interno. Um outro dirigente condenado por burla e furto a casas e igrejas. Uma deputada acusada de crime informático e outros dois que estão ou já estiveram na lista pública de execuções por dívidas de milhares de euros.
As companhias tornaram-se um problema para André Ventura. E a questão já não pode ser resumida a um qualquer excesso momentâneo ou a uma suposta agenda mediática anti-Chega. O homem que apareceu com a promessa de limpar Portugal, e que conseguiu o extraordinário feito de quase rasgar o bipartidarismo em apenas cinco anos, tem agora em mãos um partido que parece estar tão manchado como um dálmata com pedigree. Pior: pela primeira vez desde que roubou o palco da política nacional, Ventura parece não saber o que fazer para dar a volta ao jogo.
Uma nota prévia: não deixa de ser caricato e comovente........
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