O truque que o PCP usa há 75 anos já não resulta
Esta semana, ficámos a saber que a CGTP quer “a Paz”. Atenção: não quer “a paz”, em minúscula, porque isso seria uma demonstração de fraqueza reivindicativa — quer “a Paz”, em maiúscula, porque na vida todos temos de ser ambiciosos. Foi, então, com maiúscula que “a Paz” apareceu num dos cartazes empunhados por um jovem na manifestação organizada há dias, de forma conjunta, pela CGTP e por uma entidade denominada Conselho Português para a Paz e Cooperação, sob o original lema “Paz Sim! NATO Não!”.
Na convocatória emitida pela CGTP, explica-se que “a guerra é cada vez mais intensa em diversos pontos do mundo”, revela-se que “a União Europeia aposta na continuação dos conflitos”, gesticula-se contra o “discurso belicista” e vocifera-se contra a “escalada militarista”. O “Grande Satã” desta manifestação foi, como já se percebeu, a NATO. Dinis Lourenço, orgulhoso membro do conselho nacional da CGTP, denunciou que esta aparentemente odiosa organização tem sido “um fator de desestabilização e de ingerência por todo o mundo”.
Algumas almas mais delicadas poderão olhar para tudo isto com perplexidade. Por um lado, a NATO não interfere nas relações laborais, não dita o valor do salário mínimo, nem se senta no Conselho........
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