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A nova fé das máquinas

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24.06.2025

Costumamos pensar na inteligência artificial como uma ferramenta, algo que nos permite trabalhar mais depressa, pensar mais alto ou resolver problemas de forma mais eficiente. E, em muitos aspetos, é exatamente isso. Mas à medida que a IA se infiltra nos ritmos da vida quotidiana, algo mais profundo começa a acontecer. Já não se trata apenas de produtividade ou progresso. A inteligência artificial está a tocar em partes de nós que raramente associamos a máquinas: as emoções, os relacionamentos, o sentido da vida.

A trágica história de Sewell Setzer é um alerta brutal neste caminho. Era um adolescente emocionalmente frágil que encontrou conforto em conversas com uma IA. O que parecia, ao início, uma distração inofensiva, transformou-se numa ligação intensa. Ele acreditava estar apaixonado. Quando essa ilusão se desfez, a dor foi tão insuportável que decidiu pôr termo........

© Observador