Orgulho europeu
Trump denunciou a União Europeia como antidemocrática na nova Estratégia de Segurança Nacional e em entrevista ao Político, reiterou as suas críticas aos principais líderes europeus, chamando-os de “fracos” e “no caminho errado”. E a indignação se espalhou, ou melhor, o orgulho europeu se espalhou. De Bruxelas a Estrasburgo, passando pelo mais recente editorialista infiltrado, o mesmo reflexo pavloviano foi accionado: traição, “humilhação da Europa”, “Trump, com o seu cúmplice Putin, pretende desintegrar e destruir a UE”, “Trump reforça retórica xenófoba sobre a Europa” e assim por diante.
No “X”, uma campanha de orgulho com a bandeira da UE foi lançada por Jacques Attali, à qual se juntou Manfred Weber, com uma foto com as mãos em forma de coração e a legenda “a Europa está nos nossos corações, orgulhosos de ser europeus”. Enquanto na Comissão Europeia, a porta-voz Paula Pinho exaltava a qualidade da liderança europeia, “estamos muito satisfeitos e gratos por termos líderes excelentes, a começar pela presidente da Comissão, Úrsula von der Leyen, de quem nos orgulhamos muito”. E acrescenta: “gostaria, portanto, de aproveitar esta oportunidade para repetir o que milhões de cidadãos na UE pensam: temos orgulho dos nossos líderes”. Uma manipulação pública grosseira, de uma União Europeia que se esconde sob a égide da Europa, fingindo que as críticas de Trump dizem respeito à Europa e aos europeus, quando na verdade são dirigidas aos actuais líderes europeus.
Imagino, por isso, a satisfação de enganar os cidadãos e ser pagos por isso. Sobretudo quando ficamos a saber do aumento salarial dos cerca de 67.000 funcionários da UE, pelo jornal Bild. O oitavo em três anos. Com um custo de um milhão de euros por dia, ou 365 milhões por ano. Um aumento salarial que, embora legítimo do ponto de vista burocrático, ocorre num momento em........





















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