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Censores democráticos 

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15.01.2025

Mark Zuckerberg decidiu acabar com verificação de factos feita por órgãos de comunicação social e parceiros de fact-checking, e substituí-los por um sistema baseado na chamada Community Notes, para “reduzir drasticamente a quantidade de censura nas suas plataformas (Facebook, Instagram e Thread). É isso mesmo. Um sistema de notas deixadas pelos utilizadores visíveis, em vez de um programa de verificação de factos invisíveis. E os defensores da democracia liberal enlouqueceram. Eles não só criticam Zuckerberg, de imediato rotulado de Judas, como imploram à Comissão Europeia por um controlo de conteúdo mais firme e duro, pelo menos na Europa.

Quem, ou que tipo de pessoa se opõe, em princípio, a menos censura? Grandes jornais e TVs, Federação Internacional de Jornalistas e ONGs, grupos políticos, com o grupo Social-Democrata no Parlamento Europeu à cabeça, Instituições Europeias, saudosistas da PIDE e admiradores da Stasi, evidentemente.

E escrevo, evidentemente, porque fala-se muito em algoritmos, quando, na realidade, são, pelo menos no papel, milhares e milhares de profissionais especialistas em verificar, a um ritmo frenético, fontes e corrigir informações falsas, parcialmente falsas ou manipuladas, em várias línguas, incluindo as 24 línguas oficiais da UE, que são pagos com o dinheiro dos contribuintes europeus ou através de acordos comerciais celebrados com as grandes plataformas digitais, mediante pagamento de um valor pré-definido.

É a sobrevivência desta incomensurável rede de censores democráticos que está em jogo. E obviamente, todo o sistema da Lei dos Serviços Digitais (DSA)- sobre a qual escrevi -, que efectivamente impõe o controlo e a moderação de conteúdos (leia-se: censura) por lei .

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A Comissão Europeia, por exemplo, no........

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