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Impressões

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26.06.2025

1 Saiu-se bem, já se antecipava. O parlamento é o seu palco. Poucos se movem tão bem no jogo parlamentar como Luís Montenegro, a troika encarregou-se de o treinar, a verve fez o resto. E além disso – já se tomou nota – tem sorte: estreia-se no seu governo “verdadeiro” (o outro também foi um treino) com um PS desfeito; com Ventura a tomar o pulso a si mesmo e a valsar entre as suas duas peles, a de grande sabotador e a de líder da oposição; e uma extrema esquerda a quem já só resta o sempre generoso oxigénio da media, agora já com um ranço de 50 anos.

Ficou igualmente claro que na nova “aliança do meio” – que designação, credo – continua a simpatizar-se muito com o PS, a ignorar a direita e a detestar a direita radical do Chega. São escolhas. Só não sei se serão politicamente as mais acertadas. Sei apenas que não parecem.

2 É por estas e por outras preferências que a seis meses das eleições presidenciais não há um candidato de direita (nem de esquerda, de resto). Moram todos no centrão: convergiram para lá, com decisão, assertividade, convicção, as vezes até mesmo como uma espécie de volúpia apressada como se temessem ser “vistos” noutro lugar político que não aquele. Uma coisa esquisitíssima. Há meio século que o centrão impera muito para lá das grandes questões do Estado sempre (felizmente!) conduzidas por um naturalmente assumido consenso entre PS e PSD. Sim é verdade que também se lhe deve – ao centrão – algumas bem andadas etapas desta nossa história recente mas o que é demais é excessivo como diz o suposto sábio povo.

Montenegro devia pensar nisto e não, não estou a pensar no Chega. Há mais direita e nem uma nem outra se........

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