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O mito da neutralidade na educação

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09.06.2025

«Vou destronar Deus e o capitalismo. […] Para o advento do socialismo será preciso exterminar povos e nações.»(1)

Após o 25 de Abril, os sucessivos governos, mais ou menos socialistas, arrogaram para si mesmos o direito de educar os filhos dos cidadãos e, em nome de uma suposta laicidade, expulsaram o Deus dos cristãos da Escola estatal e substituíram a religião cristã pela religião ateísta/marxista.

Claro que nada disso seria possível sem a máquina de propaganda socialista que convenceu até os que se dizem cristãos de que a educação escolar pode ser neutra. Essa mentira – criada no inferno e adorada pela cultura moderna – tem levado muitos pais cristãos a optar pela omissão – para não serem considerados retrógrados, fanáticos religiosos, qualquer-coisa-fóbicos, etc. – e a entregarem os seus filhos a catequizadores fiéis ao mesmo império que crucificou nosso Senhor Jesus Cristo e, claro, odeia o cristianismo.

Os progressistas fazem questão de esclarecer que a educação é sobre factos, não sobre fé; que as escolas ensinam a ler, a escrever e a contar, não moralidade, identidade ou adoração; mas creio que muitos de nós já perceberam que isso é um mito. É uma espada travestida de diploma, que visa matar o futuro da igreja, uma criança de cada vez.

A educação nunca é neutra. Cada sala de aula tem uma liturgia. Todos os manuais escolares fazem afirmações que os seus autores consideram verdadeiras. Todos os professores, conscientes ou não, estão a formar almas à imagem de um senhor.

Como Jesus disse: «Quem não está comigo está contra mim» (Mateus 12:30). Estas palavras deveriam ser suficientes para demolir a ilusão de uma suposta neutralidade espiritual. Não existe uma Suíça espiritual – apenas um terreno disputado cujo campo de batalha é a mente dos nossos filhos.

Até as disciplinas que consideramos “seguras” – matemática, ciências, gramática – estão repletas de suposições sobre ordem, propósito, verdade e significado. Numa sala de aula onde Cristo não é honrado como Senhor essas matérias são subtilmente reformuladas, para servir o deus de quem as leciona, e até a matemática passou a ser racista! Os absolutos permanecem, mas são esvaziados, despojados de transcendência e armados para a rebelião.

Cada sala de aula é uma catedral da verdade ou um templo da mentira. Cada lição é um sermão. Cada escola é um santuário – para Cristo ou para César.

Mais do que informar, a educação forma. Ela não molda apenas a forma como os nossos filhos pensam, mas também o que eles amam, odeiam e temem. A educação........

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