O escândalo médico que torna crianças em eunucos
A Maria era uma rapariga de catorze anos, inteligente e feliz, quando conheceu o seu primeiro namorado. «Encontrei o meu príncipe encantado e vamos ser felizes para sempre», dizia ela a toda a gente – até ele terminar tudo repentinamente.
Maria ficou destroçada e os confinamentos — por causa do Covid – pioraram as coisas. Triste, isolada no seu quarto, Maria passava os dias a navegar na Internet e, à medida que os confinamentos se arrastavam, tornava-se rabugenta, irritável e retraída.
Os tops e os calções de que tanto gostava foram substituídos por enormes sweatshirts com capuz e por calças de fato de treino igualmente grandes. Um dia, após o fim do confinamento, Maria foi cortar os seus belos cachos e chegou a casa com um corte de cabelo à escovinha. Pouco tempo depois, declarou que era um rapaz trans e exigiu que os seus pais a levassem a um psiquiatra (de lhe tinha sido aconselhado pelos influencers trans) a fim de que este afirmasse a sua nova identidade e lhe prescrevesse hormonas do sexo masculino (testosterona).
Durante milénios, a condição da Maria, agora designada por disforia de género, sempre foi tão rara que é improvável que tenhamos conhecido um único caso na escola onde andámos e na nossa vizinhança. Mas, na última década, o diagnóstico de «disforia de género» tem vindo a aumentar à velocidade da luz. De 11 menores, em 2018, para 239 menores, em Agosto de 2024. Se incluirmos adultos (maiores de 18 anos) os números são estarrecedores: 2795 pessoas, que se identificam como transgénero, já mudaram de nome e de sexo no cartão de cidadão. De acordo com a jornalista Marisa Antunes: «Em Portugal, a cada semana que passa, em média, 11 pessoas mudam de nome e género no Cartão de Cidadão. 61% são raparigas, segundo dados do Instituto dos Registos e Notariado. Um número que tem sido pouco destacado nos media apesar de revelar bem o aumento exponencial de pessoas a assumirem-se como trans, uma dinâmica que disparou desde a pandemia.»
PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR
Porque é que a Maria acreditou que estava no corpo errado e que, sem medicamentos e cirurgias,........
© Observador
visit website