Constrange-os! Ridiculariza-os! Intimida-os!
«Escolha o alvo, congele-o, personalize-o e polarize-o». Estas são palavras de ordem do activista Saul Alinsky e podem ser lidas no seu livro O Manual de Conduta de um Radical.
Há muito que os secularistas radicais puseram de lado o “viva e deixe viver” e deixaram de admitir que haja infiéis que não se ajoelhem à nova esquerda e professem as suas crenças. Eles seguem religiosamente as instruções dos seus líderes, que lhes incutiram o dogma de que acusar, difamar e cancelar aqueles que discordam deles, acaba por ter melhores resultados do que usar a razão e a civilidade.
Senão, vejamos: o que é que o marxista Saul Alinsky quer dizer com “polarizar o alvo”?
Ele quer dizer: “Corte-lhe toda e qualquer rede de apoio e isole o alvo da compaixão. Ataque pessoas, não instituições; é mais fácil ferir as pessoas do que as instituições.»
Sim. Isso é cruel, mas é eficaz. A crítica e a ridicularização directas, personalizadas, constantes e virais (nas redes sociais) funcionam. Desde o início, aqueles que praticam os métodos de Alinski usam três armas: constrangimento, ridicularização e intimidação. Para explicar melhor o que pretendo transmitir, convido-o a acompanhar-me numa breve viagem pela História recente.
Em 1973, activistas homossexuais convenceram a Associação Americana de Psiquiatria (APA) a retirar a homossexualidade da sua lista de doenças psiquiátricas e a reclassificá-la como um comportamento normal. Por muito que, hoje, seja quase crime (se é que não é mesmo crime) recordar a história dos factos, é preciso dizer que essa mudança não foi feita com base em dados científicos, mas sim porque os radicais haviam planeado um esforço sistemático para atrapalhar as reuniões da APA. Três anos antes, alguns activistas haviam entrado numa reunião da Associação, pegado no microfone e anunciado: «A psiquiatria é a encarnação do inimigo. A psiquiatria travou uma guerra implacável de extermínio contra nós. Tomem isto como uma declaração de guerra contra vós […] Vocês não são nossos donos.»
Qual foi o resultado? A APA acabou por ignorar os estudos empíricos e por ceder à pressão e às exigências dos activistas. Num abrir e fechar de olhos, o lóbi lgb passou a ser “dono” da APA e a determinar o que eram, e o que não eram, dados científicos. Com essa única acção, o movimento lgb deixou claro que a intimidação substituiria a pesquisa, a ciência, o diálogo e a civilidade, e que o bulliyng venceria todos os “inimigos” que se atravessassem no seu caminho.
Como escreveu David Horowitz, em Dark Agenda:
«A esquerda […] não possui consciência ou limites quando se trata de destruir as pessoas que estão no seu caminho. A guerra começou com a remoção da presença religiosa nas escolas públicas americanas. Desde então, ela foi se tornando cada vez mais dividida, e a guerra mais intensa».
Os activistas lgbt , de esquerda, são visceralmente intolerantes como todos aqueles que não concordam com a sua própria visão de tolerância e exigem nada menos do que a celebração dos seus pressupostos, por parte de todos os membros da........
© Observador
