menu_open Columnists
We use cookies to provide some features and experiences in QOSHE

More information  .  Close

Quem fala, quem ouve e quem decide

7 2
03.10.2025

Confesso nunca me ter perdido de amores pelo Conselho de Cidadãos inventado por Carlos Moedas para “ouvir a cidade”. Bem sei que não emite pareceres vinculativos; também sei que o presidente da Câmara de Lisboa pode ouvir quem ele quiser, e para isso não precisa de tornar públicas as auscultações, sobretudo aquelas cuja resposta pode vir a desmentir os pensamentos ou políticas previamente declaradas; e ainda sei que as opiniões expressas por pessoas num grupo dependem decisivamente da escolha das perguntas ou até do modo como as perguntas são feitas. Carlos Moedas não precisava do Conselho de Cidadãos para se legitimar, nem para legitimar uma ou outra mudança de opinião face aos compromissos da campanha que o elegeu. Nenhum Conselho de Cidadãos lhe ensinaria sobre a cidade mais do que os deputados eleitos à Assembleia Municipal, lá está, cidadãos eleitos que o regime democrático previu formalmente para esse préstimo. No entanto,........

© Observador