Contingentação ou soberania?
A Assembleia Municipal de Lisboa organizou o primeiro de três debates sobre o estado do comércio e turismo em Lisboa. Como é habitual, estava um conjunto de convidados externos para falar, vindos da universidade, das associações de comerciantes, da Escola de Comércio de Lisboa, e dos sindicatos; estavam os deputados dos vários partidos, para ouvir e fazer perguntas; e público para assistir. Irei concentrar-me em três aspectos do que foi discutido, por me parecerem os mais reveladores do pensamento político dominante e que hoje determina a governação da cidade.
Primeiro. Lamentos pelo fim do “comércio tradicional”. Seja pela substituição de pequenas lojas de comércio familiar por grandes cadeias internacionais, por lojas de luxo, ou ainda por lojas de souvenirs. Quem pensa nestes termos completa o quadro mental apontando o dedo ao turismo, obviamente “em excesso”. Como se responde a isto?
Não sei o que é “comércio tradicional”. Desde que o mundo é mundo, umas........
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